sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Decidindo a vida na sorte...

Depois de um tempo sem postar nada, vou contar um pouco dos fatos por aqui. Estou criando um hábito de tomar decisões com base na sorte. Me cansei um pouco do uso da razão para decidir por exemplo em qual cantina comer. Isso se resolve num par ou ímpar, cara ou coroa...
E talvez por sorte eu não apresentei mais uma vez na aula do Canotilho. Não ter apresentado no dia 24 de novembro era até previsível porque havia muitas pessoas na minha frente pra apresentar. Mas achei que dificilmente escaparia do dia 2 desse mês e apresentar nesse dia seria muito complicado pra mim. Explico: eu tinha comprado o ingresso pro show da banda escocesa Franz Ferdinad para o dia 2 no Campo Pequeno em Lisboa.
O show estava marcado para as 21h. Minha aula do Canotilho seria às 17:15h. Eu então teria que pedir para ser o primeiro a apresentar, sair da aula depois da minha apresentação, correr de terno e tudo para estação de comboios, chegar em Lisboa em cima da hora, isso se eu conseguisse bilhete num alfa pendular, correr no Albergue pra deixar a mochila e ir para o Campo Pequeno. Ufa. Ainda bem que não teve aula, "por motivos de força maior". Não quiseram explicar no e-mail que mandaram para a turma que o real motivo para o cancelamento da aula foi que eu tinha compromissos contratuais em Lisboa =P
E sim... O show valeu a pena. Duas bandas abriram. Uma portuguesa, The Doups, que era uma coisa meio Arctic Monkeys, legalzinha, tocava bem. A outra banda era a novaiorquina The Phenomenal Handclap Band. O nome já revela que a banda é bem diferente. Quando entraram no palco parecia que tinham trazido uma banda diretamente dos anos 70. Dois guitarristas, um deles parecido com o Leão do Magico de Oz; um baixista estiloso; um baterista que era a cara do John Bonham (Led Zeppelin); duas gajas no vocal, pandeiros, chocalhos e coreografias; e um tecladista com sintetizadores a la Ermeson Lake and Palmer. As músicas tinham muitos elementos progressivos. O vocal feminino em algumas músicas também era bem interessante.
E o show principal? Quando Franz começou a tocar o público começou a pular e eu me aproveitei disso pra ir para perto do palco. Me livrei de dois cabeçudos que estavam na minha frente. O palco era baixo, quase um Noé Mendes. E falando em Noé Mendes, meus tempos de headbanger foram essenciais para eu me defender no meio da galera. Os portugueses são malucos. Teve roda em pleno show do Franz. Pra variar derrubaram meus óculos. Mas como sou experiente nisso abri logo a multidão e os resgatei rapidamente.
O show foi muito bom. Me surpreendeu positivamente. Senti que a banda estava empolgada. Descobri inclusive que Alex Kapranos (o vocalista) é asmático, ele usou uma bombinha no meio do show. A banda ainda fez uma performance instrumental com sintetizadores e outra utilizando percussão. Me agradou bastante.
Depois do show pegamos metro para a pousada. Saindo da estação nos deparamos com uma chuvinha fina, chata. Enfrentamos a chuva até uma McDonald's pra matar a fome. Bom estar numa metrópole com metro, shows bons, restaurantes de funcionamento noturno...

Um comentário:

Unknown disse...

adoro ler suas noticias e saber que esta feliz!!!!saudade pequeno!quero encontrar vcs no msn p poder conversar e saber cm ta tdo!!!bjossss