quinta-feira, 28 de julho de 2011

Obrigado!

Recebi hoje um e-mail confirmando a entrega da minha dissertação de mestrado. Desde que a finalizei, enquanto escrevia meus agradecimentos, enchi-me de lembranças. Pus-me a refletir como foi toda essa experiência. Quando começou? Não foi em setembro de 2009, ao embarcar rumo a Portugal, mas bem antes...
Talvez em 2003, quando, ainda no ensino médio, eu escrevi o “Teatro Bélico”, que se transformou no “Prólogo” de minha dissertação.
E também em 2006. Dois meses em São Paulo para tratamento médico. Senti-me sozinho na maior e mais populosa cidade do país. Mas foi quando aprendi que aqueles que amo sempre estarão comigo, não importa onde eu estiver, e que o mundo é cheio de boas pessoas. Foi lá que conheci Dr. Eric. Além de excelente médico, reconheci nele um grande ser humano. Pouco antes de embarcar para Portugal recebi a triste notícia de que ele havia falecido. Dedico a ele meu trabalho e ainda guardo sua lição, que um dia li em seu livro na sala de espera do consultório: “O primeiro passo para conquistar alguém ou alguma coisa, é sonhar com ela”.
Foi ainda em 2008, quando eu resolvi realizar meu sonho de viajar para Machu Picchu. Fui sozinho, voltei cheio de amigos...
Até que eu soube que o Rostônio havia ido para Coimbra fazer mestrado em Direito Constitucional. A partir daí alimentei essa ideia e a espalhei. De repente, um grupo de seis piauienses estava formado para ir para o velho continente.
Então, minha história na Europa foi escrita. Dez meses que passaram como uma vida. Estudei, viajei, diverti-me, aprendi. Nem toda as experiências foram boas, mas sempre pude contar com pessoas incríveis, que muito me ajudaram. Por isso acredito que a grande lição que um doutor de Coimbra me deu foi a de “admirar os outros”.
Por mais que eu procure traçar meu caminho por meus próprios passos, eu nada seria se não tivesse contado com as pessoas que apareceram na minha vida. E esse foi o tesouro que eu trouxe de Portugal.
Para expressar o que sinto, recorro-me a este poema da Titiinha, minha tia-avó, que próximo sábado completa 90 anos:

“Ao final do caminho me dirão:
– Tu vieste? Amaste?
E eu, sem dizer nada,
abrirei o coração cheio de nomes...”

É com o coração cheio de nomes que quero agradecer muito.
A minha família de sangue, que hoje amo muito mais que ontem.
A minha família por escolha, meus irmãos coimbrãos.
A toda minha família luso-brasileira que se espalha pelo mundo.
A meus amigos do INCRA, pela compreensão e ajuda.
Não concluí minha missão em Portugal ainda. Terei de voltar para a defesa. Mas se parte da meta já foi cumprida, devo a todos vocês, sem os quais eu não conseguiria.
Muito obrigado!

4 comentários:

carretel disse...

;*****

Lívia disse...

Que belo agradecimento.
Bem, faltou apenas meu nome, pois também tive muita paciência e compreensão, além de que fui uma grande incentivadora. =)

Ana Rafaela disse...

Este é o mestre Arthur !

Ana Rafaela disse...

Este é o mestre Arthur !